13 de outubro de 2009

Reclamar.. lutar pelos nossos direitos!

Eu nunca fui muito de reclamar, brigar e lutar pelos meus direitos. É uma super dor de cabeça quando a gente precisa ligar numa empresa pra resolver algo que se encaixa no nosso interesse e não no da empresa reclamada. Mas esse mês eu tive dois casos bem sucedidos e resolvi que agora eu sempre vou reclamar quando algo não me agradar...

No começo do ano eu comprei uma melissa e pouco usei (por dó mesmo rs), ai um certo dia o feiche dela quebrou. Eu fiquei muito chateada e resolvi escrever um email de reclamação. Eles pediram pra eu mandar o par, pagaram as custas de correio e logo em seguida me responderam falando que mandariam outra.
Ontem quando cheguei em casa, lá estava meu sapato lindo e novo!

Eu também reclamei de um demaquilante bifásico que eu comprei da Natura.. ele escureceu e criou fungos dentro do recipiente. Não tive dúvidas, liguei lá e eles me disseram que a garantia deles é de um mês e que não trocariam pois meu prazo, segundo eu mesma, já tinha passado.

Ai resolvi ligar lá de novo com os dados de uma amiga e falei que comprei dentro do mês em andamento. Resultado: eles trocaram o produto.
Fico indignada com a falta de qualidade em produtos que não são baratos e a falta de respeito das empresas para o consumidor. Na hora de vender todo mundo insiste e na hora de reparar um erro a gente tem que se armar de estratégias que os convençam que o produto deles gerou algum tipo de problema.
Isso tudo me fez lembrar um texto de Luciano Pires que ouvi no Primeiro Programa da rádio Transamerica. Vale a pena ler até o fim....

''Foi mal

Uns documentos importantes desaparecem. Foram enviados para mim por motoboy. Chegaram à portaria da empresa no final da tarde e... Ninguém sabe, ninguém viu. O comprovante de recebimento está lá, assinado.

E o dono da assinatura me procura para dizer que recebeu e colocou na caixa de entrada. Dali pra frente não se responsabiliza mais. – Não fui eu. Busco o responsável pela área de trânsito de documentos que, todo solícito, se propõe a procurar.

Algumas horas depois ele telefona sugerindo que eu tire segunda via. Ninguém sabe, ninguém viu. E argumenta: – Seu Luciano, não fui eu. Protestei, indignado. E recebi a resposta definitiva: – Foi mal...

Então o piscineiro faz seu trabalho semanal lá em casa. E vai embora largando um registro aberto. Inunda a casa de máquinas. O motor vai pro brejo. Protestei, e a resposta foi imediata: – Não fui eu. Diante da impossibilidade de sustentar inocência, a frase definitiva: – Foi mal...

No estacionamento, o manobrista me entrega o carro com um lindo risco na lateral. – Já estava assim. Não fui eu. Chamo o gerente, que dá a resposta definitiva:– Foi mal...

Eu pensei em dar aqui um exemplo de companhia aérea, mas nem precisa, né?– Foi mal. Foi mal. Foi mal... Pois é. Essa é a grande encrenca da prestação de serviços.

Você só sabe se o serviço é bom depois que recebe. Não dá pra ver antes, pra cheirar, experimentar, saber que peso tem, de que tamanho é... Precisa encomendar e torcer pra receber algo que preste. Pois é. Num texto anterior, eu falei da “árvore de valor” e de como é importante o “jeitão” com que fazemos as coisas.

Aliás, o jeitão de fazer é até mais importante do que o que é feito, sabia? Costumo dizer que quando ligo para um telefone de atendimento ao cliente, mais do que a resolução do problema, estou interessado em perceber que alguém está se importando comigo.

Um robozinho recitando textos padronizados, sem autonomia ou competência para resolver o problema é tudo que eu detesto. E no fundo, isso é uma questão de percepção, sabia? Quando percebo que a pessoa não tem o “jeitão” para atender... – Foi mal...

É aí que mora o fracasso...
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Pago com dinheiro bom, um serviço meia boca! Pois o ouviente Caio Márcio Rodrigues me escreve com uma idéia deliciosa que, se não é a solução, ao menos nos daria um saborzinho de vingança contra a turma do “foi mal”: o Real Flutuante.

Olha só: “Outro dia, o dono da empresa que trocou o telhado de minha casa, ao terminar a labuta de uns 15 dias, tascou: – Então, seu Caio, desculpe alguma coisa, tá?

– Ué, mas se você fez algo para se desculpar, vai lá e arruma, tá? ... Ainda dá tempo!

Não deu tempo: em vez de me pegar pelo braço e mostrar orgulhosamente sua obra, as qualidades, modo de usar, tecer comparações entre o prometido e o realizado, ele entrou no carro e se mandou. Aí fiquei pensando: já ouvi essa frase algumas vezes nos últimos tempos. Parece que ela está ficando comum. No Brasil, em vez de fazer o serviço direito, o sujeito faz de qualquer jeito e então pede desculpas por alguma coisa. Pensei em propor ao Banco Central a criação de uma moeda flexível: um Real que valesse mais, ou menos, conforme a qualidade do serviço que estamos pagando. Essa moeda de escala flexível funcionaria assim: um serviço impecável você pagaria com um Real "A" bom, firme. Um serviço mais ou menos você pagaria com o Real "B" roto, com o qual só dá para comprar metade das coisas. Seria legal, não? A moeda correspondendo à qualidade do serviço prestado.”

Genial a proposta do Caio!

Já pensou na cara do sujeito?

– Pô, seu Luciano, mas o senhor me pagou com o Real de merda!

– Ô, vai desculpando aí. Foi mal... "

Por: Luciano Pires
Café Brasil
https://www.primeiroprograma.com.br

Um comentário:

Vem desfrutar do Amor de Deus disse...

Pois é amiga...ta ai uma diferença que eu aplaudo aqui onde vivo..nunca temos problemas com os produtos e quando acontece, na hora se propoem a consertar. Ai tudo é muito dificil mesmo...foi mal...rsrsrsrs
Bjs
Marcia
Ps: te espero amanha tá?