3 de março de 2010

Por um fio…

Todos os dias das nossas vidas são incertos. É natural que façamos planos e que não nos lembramos com frequência que daqui a um instante tudo pode mudar, todos os caminhos podem sair da nossa rota, o controle pode fugir das nossas mãos.

Claro que não dá pra viver bitolado nessa idéia e viver como um incosequente que não enxerga o amanhã. Os sonhos servem para nos dar forças. Os planos servem para nos ensinar a ter metas, disciplina e para nos realizar em suas conquistas.

Eu tenho muitos sonhos e muitos planos, mas estamos (minha família e eu) passando por um momento muito delicado onde não podemos planejar o amanhã.

esticar-a-corda[1]

A vida do meu avô por um fio e a gente de mãos atadas, sem luz no fim do túnel, sem direção pra correr… contra nossa vontade, apenas esperando o tempo passar e fazendo de tudo para que ele fique o mais confortável possível nos seus, não se sabe quantos, dias de vida que ainda restam.

Estive com ele neste último fim de semana e me impressionei com seu estado. Desde então tenho pensado muito na velocidade que essa doeça está domindo ele.

Não faz um ano, pelo menos uma vez por mês nós iamos na chácara visitá-los e lá estava ele cheio de vida, cuidando das galinhas, recolhendo frutas do pé, brigando a moda italiana, sorrindo, comendo, vivendo uma vida saudável (pelo menos a gente achava que era).

Em novembro descobrimos o cancêr gástrico e ele já tinha emagrecido bastante mas ainda estava lúcido, em plenas condições de andar, conversar, sorrir (às vezes) e reclamar rs.

No natal já estava mais debilitado mas, ainda sim, passava bastante tempo na sala, conversava, esperou o papai noel com a gente e nos rendeu bons momentos e boas fotos.

Hoje, dois meses depois, ele não tem forças pra levantar da cama, pra andar, pra falar e nem pra respirar direito.

Eu nem consigo me concentrar como deveria no trabalho e nem posso jogar tudo pro alto pra ficar ao lado dele. Mais do que saber que o amanhã é incerto, nós estamos vivendo a angústia de não saber o que esta por vir.

Mas, como eu aprendi com o livro “A cabana”: Papai gosta especialmente de mim e vai atender meus pedidos de piedade e misericórdia. Tudo que eu quero é que ele não sofra (mais).

Eu, sinceramente, gostaria que ele se recuperasse, afinal, pra Deus nada é impossível. Mas eu respeito a vontade do Papai do céu e sei que o que Ele sempre age da forma correta.

Gostaria de estar escrevendo um texto alegre e com boas notícias, mas eu precisava escrever e é isso que eu estou vivendo hoje.

bjo.tchau

3 comentários:

Uma Mulher de Fases disse...

Minha amiga, chorei lendo o seu texto, já passei por isso, pelas mesmas situações, meu avô bem no natal e se foi no começo do ano, ele parou de sofrer e eu sofro pra sempre, é uma dor que não acaba, você se acostuma com ela, às vezes você vai chorar do nada, vai lembrar dele e cair, mas lembre-se, SEMPRE que não importa quantas vezes você caia, eu sempre estarei perto de você pra te dar a mão, te levantar e te abraçar, pois amigos são pra isso mesmo, e eu me considero sua irmã, pra sempre!
Te amo muito, estou rezando pelo seu avô pra que o melhor aos olhos de Deus aconteça.
Fica com Deus!
Beijos

Rosi disse...

Nanda, querida

Entendo perfeitamente o que vcs estão passando e sentindo. Perdi minha avó há 17 anos atrás de uma doença semelhante. A situação dela ficou tão complicada que chegou a ponto de pedirmos para Deus levá-la tamanho era seu sofrimento.

Vc está certa em deixar nas mãos de Deus essa situação, na maioria das vezes a gente não entende o porquê das coisas, mas ele sabe de tudo.

Um beijo grande no seu coração.

Vem desfrutar do Amor de Deus disse...

Ai Nanda.... é tão difícil né?
Amiga, o único que eu posso te dizer é que você aproveite ao máxino a cia dele...dê-lhe muito carinho, amor e atenção e coloque mesmo nas mãos de Deus, pois só Ele tem o poder de decisão. Continuo orando por ele. e que Deus cuide dele e de seus familiares.
Bjs carinhosos
Márcia